Quadrinhos, animes e Literatura

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"Alguns livros devem ser degustados, Outros são devorados, Apenas poucos são mastigados E digeridos totalmente." (Cornelia Funke, Coração de Tinta.)

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A Literatura Grega - Teatro



       Existem diversas hipóteses sobre a origem do teatro grego. A teoria mais aceita é a que vê esse início nas festas celebradas em honra ao deus Dionísio. Durante as celebrações, que duravam seis dias, em honra ao deus, em meio a procissões e com o auxílio de fantasias e máscaras, eram entoados cantos líricos, os ditirambos, que mais tarde evoluíram para a forma de representação plenamente cênica como a que hoje conhecemos através de peças consagradas. 
       Seu florescimento ocorreu entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas, que neste período também conheceu seu esplendor, mas espalhou-se por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África. Sua tradição foi depois herdada pelos romanos, que a levaram até as suas mais distantes províncias, e é uma referência fundamental na cultura do ocidente até os dias de hoje.
       O teatro grego tem como principal finalidade fazer o espectador refletir sobre os problemas que afligem o ser humano, de tal maneira que a representação da obra sirva de ensinamento. O espectador, aos ver os acontecimentos por que passam as personagens, vive um sentimento chamado de "catarse" (termo criado por Aristóteles), que o purifica, tranquiliza suas paixões negativas e o torna melhor como pessoa e cidadão. Assim, o teatro grego não é só uma diversão ou entretenimento, mas cumpre uma função de educação social.
Os teatros (de theatron, "local onde se vê") surgiram a partir do século VI a.C.. Julga-se que antes disso as primeiras representações teatrais seriam realizadas em locais públicos como a ágora de Atenas.
       Os teatros situavam-se ao ar livre, nos declives das encostas, locais que proporcionavam uma boa acústica. Inicialmente os bancos eram feitos de madeira, mas a partir do século IV a.C. passaram a ser construídos em pedra.
Para além a plateia distinguiam-se várias áreas no teatro. A orquestra era a área circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das bancadas, onde o coro realizava a sua interpretação. Julga-se que a orquestra teria de início uma forma quadrangular, como no Teatro de Tóricos. No centro da orquestra ficava a thymele, um altar em honra a Dionísio, que servia não só para oferecer sacrifícios, mas também como adereço. Em cada lado da orquestra existiam as entradas para o coro, os parodoi.
  Atrás da orquestra estava a skenê, o cenário, estrutura cuja função inicial foi servir como local onde os actores trocavam de roupa, mas que passou também a representar a fachada de um palácio ou de um templo. Frente à skenê estava o proscenium, onde os actores representavam os papéis, se bem que estes também se deslocassem até à orquestra.
Dos teatros da Antiga Grécia alguns dos mais importantes são o Teatro de Epidauro, o Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático, o Teatro de Delfos, o Teatro de Segesta, o Teatro de Siracusa e o Teatro de Dionísio.

Tragédias

       A tragédia é o gênero mais antigo, tendo surgido provavelmente em meados do século VI a.C. Os temas da tragédia eram oriundos da religião ou das sagas dos heróis, sendo raras as tragédias que se debruçavam sobre assuntos da época (um exemplo de passada que abordava temas contemporâneos foi Os Persas de Ésquilo). A maioria das tragédias retrata a queda de um herói, muitas vezes atribuída à sua arrogância (húbris).
      A literatura grega reúne três grandes tragediógrafos, cujos trabalhos ainda existem: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.



       Ésquilo foi um dramaturgo da Grécia Antiga. É reconhecido frequentemente como o pai da tragédia. É o mais antigo dos três trágicos gregos cujas peças ainda existem. De acordo com Aristóteles, Ésquilo aumentou o número de personagens usados nas peças para permitir conflitos entre eles; anteriormente, os personagens interagiam apenas com o coro. Apenas sete de um total estimado de setenta a noventa peças feitas pelo autor sobreviveram à modernidade: Prometeu Acorrentado, Os Persas, Os Sete Contra Tebas, As Suplicantes e a trilogia Oresteia- Agamênom, Coéforas, Eumênides.
Pelo menos uma das obras de Ésquilo foi influenciada pela invasão persa da Grécia, ocorrida durante sua vida. Sua peça Os Persas continua sendo uma grande fonte de informação sobre este período da história grega. A guerra teve tamanha importância para os gregos e para o próprio Ésquilo que, na ocasião de sua morte, por volta de 456 a.C., seu epitáfio celebrava sua participação na vitória grega em Maratona, e não seu sucesso como dramaturgo.
Sobre sua morte, reza a lenda que, ao visitar Gela, na ilha de Sicília, um Abutre-barbudo, também conhecido por quebra-ossos, confundindo sua careca com um ovo, deixou cair um osso em sua cabeça matando-o (o Abutre-barbudo é conhecido por jogar ossos em cima de ovos para quebrá-los).

Obras
As Suplicantes

Prometeu Acorrentado

Os Persas

Os Sete Contra Tebas

Trilogia Oresteia   

Agamenom

Coéforas

Eumênides

sábado, 18 de novembro de 2017

O Príncipe de Maquiavel




         O "Príncipe" é provavelmente a obra mais conhecida de Maquiavel, foi completamente escrito em 1513, apesar de publicado postumamente, em 1532. Está dividido em 26 capítulos. No início ele apresenta os tipos de principado existentes e expõe as características de cada um deles. Teve origem com a união de Juliano de Médici e do papa Leão X, com a qual Maquiavel viu a possibilidade de um príncipe finalmente unificar a Itália e defendê-la contra os estrangeiros, apesar de dedicar a obra a Lourenço II de Médici, mais jovem, de forma a estimulá-lo a realizar esta empreitada. Outra versão sobre a origem do livro, diz que ele o teria escrito em uma tentativa de obter favores dos Médici, contudo ambas as versões não são descartadas.

         Em uma carta ao amigo Francesco Vettori, datada de 10 de dezembro de 1513, Maquiavel comenta sobre o escrito:

         "E como Dante diz que não se faz ciência sem registrar o que se aprende, eu tenho anotado tudo nas conversas que me parece essencial, e compus um pequeno livro chamado "De Principatus", onde investigo profundamente o quanto posso cogitar desse assunto, debatendo o que é um principado, que tipos de principado existem, como são conquistados, mantidos, e como se perdem."

         Maquiavel era um verdadeiro republicano, mas ele acreditava que somente a força de um líder especial poderia criar o um Estado italiano forte como ele imaginava. Isso, muito tempo depois, na Europa do século XIX, durante as Guerras Napoleônicas, com a Alemanha e a Itália fragmentadas e com os nacionalismos internos surgindo, gerou uma visão de Maquiavel como um nacionalista exaltado, disposto a tudo pela união e defesa da Itália, como demonstrado no último capítulo de "O Príncipe":

         "Não se deve, portanto, deixar passar esta ocasião: a Itália, tanto tempo passado, há de ver, enfim, a chegada de seu redentor. E faltam-me palavras para exprimir com que amor seria ele recebido em todas aquelas províncias que padeceram com o alúvio invasor dos estrangeiros; com que sede de vingança, com que inabalável fé, com que devoção, com que lágrimas. Que portas fechar-lhe-iam? Que povos negar-lhe-iam a obediência? Que inveja ser-lhe-ia oposta? Que italiano negar-lhe-ia o respeito?"

         Não obstante alguns temas atenuantes, a Igreja Católica proibiu o Príncipe, colocando-o no Index Librorum Prohibitorum. Os humanistas também viram o livro negativamente, incluindo Erasmus de Rotterdam. Como um tratado, a contribuição intelectual primária para a história do pensamento político é a ruptura fundamental entre o realismo político e o idealismo político, por ser um manual sobre aquisição e manutenção do poder político. Em contraste com Platão e Aristóteles, Maquiavel insistiu que uma sociedade ideal imaginária não é um modelo pelo qual um príncipe deve se orientar.

         Muitos concluíram que o Príncipe, embora escrito como conselho para um príncipe monárquico, contém argumentos para a superioridade dos regimes republicanos, semelhantes aos encontrados nos Discursos. No século 18, o trabalho foi mesmo chamado de sátira, por exemplo, por Jean-Jacques Rousseau. Mais recentemente, comentadores como Leo Strauss e Harvey Mansfield concordaram que O Príncipe pode ser lido como tendo uma ironia cômica deliberada.
Outras interpretações incluem, por exemplo, a de Antonio Gramsci, que argumentou que o público de Maquiavel por esse trabalho não era mesmo a classe dominante, mas as pessoas comuns porque os governantes já conheciam esses métodos através de sua educação.

       A ética em Maquiavel se contrapõe à ética cristã herdada por ele da Idade Média. Para a ética cristã, como atitudes dos governantes e Estados-Membros em si servem subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. Com Maquiavel uma finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não é próprio, de forma que uma aula não pode ser chamada de boa ou má não ser uma realidade histórica.
Reside a um ponto de crítica ao pensamento maquiavélico, pois com essa justificativa, o Estado pode praticar todo tipo de violência, a seus cidadãos, a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parece boa, pode mostrá-la má.

Para ele, a natureza humana seria essencialmente má. Os seres humanos querem obter os máximos ganhos com o esforço mínimo, apenas fazendo o bem quando forçados e isso. A natureza humana também não é alterada ao longo da história fazendo com que seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que uma história dessa e de outras civilizações servem de exemplo. Falta-o um senso das mudanças históricas.
Como consequência, acha inútil imaginar estados utópicos, visto que nunca antes postos em prática e prefere pensar no real. Sem querer com isso dizer que são seres humanos ajam sempre de forma má, pois isso é causado pela lei, em um acordo entre os cidadãos. Não é possível esperar o melhor dos homens ou que estes ajam segundo o que se espera deles.


O Príncipe ◄◄◄ Boa Leitura!!!    😘😘😘

domingo, 12 de novembro de 2017


 Admirável Mundo Novo é uma novela distópica escrita em 1931 pelo autor inglês Aldous Huxley e publicada em 1932.Ambientado na Londres do ano  2540 d.C. (632 AF- "After Ford" - no livro), o romance antecipa a evolução da tecnologia reprodutiva, aprendizagem do sono, manipulação psicológica e condicionamentos clássicos que se combinam para fazer uma mudança profunda na sociedade. Huxley proseguiu com o tema deste livro com uma reavaliação em um ensaio, Brave New World Revisited (1958), e com Island (1962), seu romance final.

Os acontecimentos da Depressão na Grã-Bretanha em 1931, com o desemprego em massa e o abandono do padrão de moeda do ouro, persuadiram Huxley a afirmar que a estabilidade era a "necessidade primordial e máxima" se a civilização fosse sobreviver à crise atual. O personagem Brave New World Mustapha Mond, controlador mundial residente da Europa Ocidental, recebe o nome de Sir Alfred Mond. Pouco antes de escrever a novela, Huxley visitou a planta tecnologicamente avançada de Mond perto de Billingham, nordeste da Inglaterra, e isso causou uma grande impressão nele.

Huxley usou o cenário e personagens em seu romance de ficção científica para expressar opiniões amplamente difundidas, particularmente o medo de perder a identidade individual no mundo acelerado do futuro. Uma viagem precoce aos Estados Unidos deu ao seu Admirável Mundo Novo muito do seu caráter. Não só Huxley se indignou com a cultura da juventude, a alegria comercial e a promiscuidade sexual, e a natureza interior de muitos americanos , também encontrou o livro "Minha vida e trabalho" de Henry Ford no barco para a América e ele viu os princípios do livro aplicados em tudo o que ele encontrou depois de deixar San Francisco (Fordismo). 

A novela abre na cidade do estado mundial de Londres em AF 632 (2540 dC no calendário gregoriano), onde os cidadãos são projetados através de ventos artificiais e programas de doutrinação da infância em classes predeterminadas (ou castas) baseadas em inteligência e trabalho. Lenina Crowne, trabalhadora de incubadora, é popular e sexualmente desejável, mas Bernard Marx, um psicólogo, não é. Ele é mais baixo em estatura do que o membro médio de sua alta casta, o que lhe dá um complexo de inferioridade. Seu trabalho com a aprendizagem do sono permite que ele compreenda e desaprove os métodos de sua sociedade para manter seus cidadãos pacíficos,  que inclui o constante consumo de uma droga calmante chamada soma. Seu único amigo é Helmholtz Watson, um talentoso escritor que tem dificuldade em usar seus talentos de forma criativa em sua sociedade livre de dor.
Bernard decide passar um feriado com Lenina fora do Estado Mundial em uma reserva selvagem no Novo México, na qual os dois podem observar as pessoas nascidas da natureza. Podem observar a doença, o processo de envelhecimento, outras línguas e estilos de vida baseados na religião, pela primeira vez.  Bernard e Lenina testemunham um ritual público violento e depois encontram Linda, uma mulher originalmente do Estado Mundial que vive na reserva com o filho John. A presença dessas personagens dão uma guinada nas ordem estabelecida no Estado Mundial.

Admirável Mundo Novo é um livro fantástico. Seus questionamentos estão vivos até hoje. Vale muito a pena ler. 

Admiravel Mundo Novo - Aldous Huxley            Boa leitura!   ^_~


Na Minha Pele


Nesta autobiografia, Lázaro Ramos nos relata sua trajetória desde a  Ilha do Paty, onde nasceu, até "O Espelho", programa de entrevistas que conduz no Canal Brasil. A narrativa é fácil e intimista. Mais do que mostrar feitos extraordinários, Lázaro nos fala de afetos, sem a pretensão de um livro de memórias.

Na pele de Lázaro experienciamos a vida de um menino negro e pobre do interior da Bahia e a sua percepção do  racismo cotidiano embutido em um tratamento diferenciado. Somos levados a pensar sobre o assunto de forma tão leve, como numa conversa entre amigos, que nem nos damos conta da profundidade dos assuntos abordados. Lázaro não tenta nos doutrinar, deixa claro que sua intenção é o debate, desde o início.

"Na Minha Pele" é um livro agradável, acessível e que nos faz pensar, ou seja, tudo de bom. 


Boa Leitura!           ^_~

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

BLACKSAD




      Blacksad é uma série de quadrinhos criada pelos autores espanhóis Juan Díaz Canales (escritor) e Juanjo Guarnido (artista), e publicado pela editora francesa Dargaud. Embora ambos os autores sejam espanhóis, seu principal público-alvo para a Blacksad foi o mercado francês e, portanto, publicaram todos os volumes da Blacksad em francês em primeiro lugar. A edição em espanhol geralmente segue cerca de um mês depois. O primeiro volume Quelque part entre les ombres (Em algum lugar entre as sombras),  foi publicado em novembro de 2000. O segundo volume, Arctic-Nation, foi publicado em 2003 e o terceiro, Âme Rouge (Red Soul ), foi publicado em 2005.

     Blacksad foi feito no  estilo de um filme noir. As histórias são definidas na América do final da década de 1950. Todas as personagens são animais antropomórficos cuja espécie reflete sua personalidade, tipo de personagem e papel na história. Os estereótipos animais são frequentemente utilizados, por exemplo: quase todos os policiais são canídeos, como Pastores Alemães, Bloodhounds e raposas, enquanto os personagens do submundo são ,muitas vezes, répteis ou anfíbios. As personagens femininas são muitas vezes muito mais humanos do que os seus homólogos masculinos.

      A série ocasionalmente apresenta versões antropomórficas de pessoas famosas, principalmente em Red Soul. Adolf Hitler é retratado como um gato (possivelmente em homenagem ao Maus de Art Spiegelman), o senador Joseph McCarthy como o senador Gallo (um galo), Mark Rothko como Sergei Litvak (um urso), o presidente como águia e Allen Ginsberg como Greenberg ( um bisonte), enquanto Otto Liebber (uma coruja) tem uma forte semelhança com muitos cientistas envolvidos no Projeto Manhattan em Los Alamos.

      O quadrinho tenta  passar uma perspectiva dirty-realist* e um estilo cinematográfico dark através de linhas bastante limpas e realistas. Desenhos detalhados de aquarela, incluindo locais e cidades da vida real, também contribuem para a sensação realista da série, apesar de os personagens serem animais. Enfim, vale muito dar uma olhada.  :D


      *Nota de Rodapé: Dirty Realism ou realismo sujo é um termo inventado por Bill Buford da revista Granta para definir um movimento literário norte-americano. Os escritores desta subcategoria de realismo descrevem os aspectos mais comuns ou mundanos da vida ordinária em linguagem livre, sem adornos.

O termo formou o título da edição de Granta no verão de 1983, para a qual Buford escreveu uma introdução explicativa:

     "O realismo sujo é a ficção de uma nova geração de autores americanos. Eles escrevem sobre o lado corriqueiro da vida contemporânea - um marido desertor, uma mãe solteira, um ladrão de carros, um batedor de carteiras, um viciado em drogas - mas eles escrevem sobre isso com um distanciamento perturbador, às vezes chegando à comédia. Subestimados, irônicos, às vezes selvagens, mas insistentemente compassivos, essas histórias constituem uma nova voz na ficção ".

      Às vezes considerado uma variedade de minimalismo literário, o realismo sujo é caracterizado por uma economia com palavras e um foco na descrição da superfície. Os escritores que trabalham dentro do gênero tendem a evitar advérbios, metáforas estendidas e monólogos internos, permitindo que os objetos e o contexto ditem o significado. Os personagens são mostrados em ocupações comuns e não importantes, e muitas vezes a falta de recursos e dinheiro que cria um desespero interno.

       Blacksad - HQ 

Em algum lugar entre as sombras
Nação Ártica
Alma Vermelha
O Inferno Silencioso
Amarillo


                                                                                   Boa leitura!  ^_~

Carciphona em português



Mangá Carciphona de Shilin Huang. Em processo de tradução.

Carciphona - português online

sábado, 4 de novembro de 2017

Tank Girl



  Nova aquisição para a estante de quadrinhos, TANK GIRL!!!!!

 

Tank Girl é um quadrinhos britânico criado por Jamie Hewlett e Alan Martin. Originalmente desenhado por Jamie Hewlett, também foi desenhado por Philip Bond, Glyn Dillon, Ashley Wood, Warwick Johnson-Cadwell, Jim Mahfood, Brett Parson, Jonathan Edwards, Craig Knowles, Rufus Dayglo, Andy Pritchett e Mike McMahon.

O personagem Tank Girl (Rebecca Buck ) dirige um tanque, que também é sua casa. Ela empreende uma série de missões para uma organização nebulosa antes de cometer um grave erro e ser declarada fora da lei por suas inclinações sexuais e seu abuso de substâncias. O quadrinho se concentra em suas desventuras com seu namorado, Booga, um canguru mutante. O estilo do comic é fortemente influenciado pela arte visual punk, e as tiras são frequentemente desorganizadas, anárquicas, absurdas e psicodélicas. As tiras apresentam vários elementos com origens em técnicas surrealistas, fanzines, colagem, técnica de corte, fluxo de consciência e metaficção, com muito pouca consideração ou interesse pela trama convencional ou narrativa comprometida.

A tira foi inicialmente estabelecida em uma Austrália futurista, embora tenha atraído fortemente a cultura pop britânica contemporânea.

Uma imagem da tira foi publicada no fanzine como um anúncio de uma página, mas a série Tank Girl apareceu pela primeira vez na Deadline , uma revista do Reino Unido destinada a ser um fórum para os novos talentos dos quadrinhos, em 1988 e continuou até o final da revista em 1995.


Nota de rodapé
Metaficção é uma narrativa ficcional que tematiza o próprio processo da escrita literária. É um tipo de texto que identifica conscientemente os mecanismos da produção literária. Ele pode ser comparado ao teatro representacional, que não deixa o público esquecer de que está assistindo a uma peça. A metaficção não deixa o leitor esquecer de que está diante de uma obra fictícia.
A metaficção é primeiramente associada à literatura mordenista e pós-modernista, embora existam obras como As Mil e Uma Noites, Dom Quixote (de Cervantes) e em Os Contos da Cantuária (de Chaucer).Pode ser encontrado também em livros como “Shame”, de Salman Rushdie, “The White Hotel”, de D. M. Thomas, “Mumbo Jumbo”, de Ishmael Reed, “The Book of Daniel”, de E. L. Doctorow e “The Public Burning”, de Robert Coover.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A Mandrágora - pdf









A Mandrágora é uma peça composta de um prólogo e cinco atos. É uma sátira às regras morais da sociedade italiana de 1518. Maquiavel cria, como pano de fundo, um romance novelesco para tratar da arte de envolver, manipular e conquistar um objetivo, no caso uma conquista amorosa.

A estória se passa em Florença em 1504. Calimaco, recém chegado de Paris apaixona-se por Lucrécia, que é casada com o ingênuo doutor messer Nicia, um doutor da lei entristecido por não ter tido um filho. Calímaco, com a ajuda do servo Siro e do astuto amigo Ligúrio, finge ser um médico famoso e convence messer Nicia de que a única maneira de fazer sua esposa engravidar seria obrigá-la a tomar uma infusão de mandrágora. Entretanto diz que o primeiro homem que mantiver relações sexuais com ela morrerá envenenado. Nicia recusa-se de imediato porém Ligúrio intervém e encontra rapidamente uma solução ao raptarem um rapaz e fazê-lo ter um encontro com sua esposa, o que deixa Nicia um pouco tranquilizado, porém perplexo pois alguém terá que deitar-se com sua esposa.

Tudo corre bem entre os homens, mas é necessário convencer Lucrécia, a honesta. Frei Timóteo, o encarregado de convencê-la, conclui: " D. Lucrécia é sensata e boa, mas a bondade é o que me fará passar-lhe a perna". Assim, Frei Timóteo a convence.



“Já que a tua astúcia, a tolice de meu marido, a ingenuidade de minha mãe e a maldade do meu confessor me levaram a fazer aquilo que, sozinha, nunca faria, quero julgar que tudo provenha de uma disposição do céu, que assim determinasse, e não me sinto suficiente para recusar o que o céu quer que eu aceite." Com essa reflexão, Maquiavel coroa a sátira.





A Mandrágora nos apresenta regras sociais que emergem como obstáculos, mas eles não são intransponíveis. Podemos burlá-las, desde que todos estejam de acordo.


A Mandrágora